3 dicas para que você faça um bom negócio em consórcio

3 dicas para que você faça um bom negócio em consórcio

Você já deve ter ouvido de algum amigo, parente ou até mesmo ter tido uma má experiência e chegou a conclusão de que o consórcio é um serviço ruim. Acontece que na maioria dos casos, o consórcio não é vendido ao cliente da maneira correta, o que chamamos gentilmente de “empurrômetro“.

Aqui neste artigo, quero elencar meus pontos de vista buscando tentar ser o mais profissional e imparcial possível sobre o serviço de consórcio. Gostaria de salientar que não sou uma pessoa tão antiga assim dentro desse universo do consórcio que já existe desde os anos 60, mas também creio já ter passado por diversas experiências dentro dos últimos 4 anos que me permitem compartilhar alguns dos bastidores desse maravilhoso serviço. Vamos lá?

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Você provavelmente já ouviu falar do consórcio. Seja por algum gerente de agência bancária que te ofereceu, seja por alguma propaganda nas redes sociais e/ou internet banking ou por alguma pessoa próxima que já teve experiência com esse produto financeiro.

E já te adianto que a maioria das coisas que falam sobre o consórcio, é verdade. Sim meu amigo leitor, não pense que meu intuito aqui é somente de defender esse serviço, mas quero também critica-lo sobre como o mercado age na comercialização desse serviço, que muitas das vezes é negligenciado.

Para para pensar por um instante: Você tem uma necessidade (adquirir um imóvel, automóvel ou seguir com algum planejamento de investimento) e um consultor ou gerente bancário te vende a ideia de um “excelente planejamento” de consórcio com suaves parcelas que caberão no seu bolso. Promete diversas coisas para poder te agradar e tudo começa a fazer sentido, a parcela é boa, o prazo prometido de contemplação está dentro dos seus planos, o custo efetivo total quase não tem “juros”. O mundo ideal, correto?

Mas não é bem assim! Existem diversos detalhes que devem ser analisadas nas entrelinhas e aqui vou destacar algumas (não todas, até para não ser um artigo extenso demais).

O que não te contam?

Sim, o segredo está sempre em avaliar aquilo que não te contam. Para não cair nessa cilada, vou elencar 3 principais regras que você deve avaliar e que dificilmente um consultor ou gerente informa no ato da venda. Segue o fio:

1 – Qual a quantidade de contemplações mensais que ocorrem no grupo?

Essa é uma pergunta fundamental, para você saber algumas coisas como:

  • A verdadeira saúde financeira do grupo e seu fundo comum (o fundo em que ocorre as contemplações)
  • Um mínimo de previsão de prazo para a sua contemplação
  • Se seguir esse racional, em quanto tempo todos os participantes serão contemplados

Imagine a seguinte situação: Você entra em um grupo de 2.000 participantes (muito comum em diversas administradoras) porém possui apenas 2-3 contemplações mensais. Curioso não? Quanto tempo vai levar para contemplar metade do grupo? E todo o grupo? Pense nas probabilidades e leve a sério os percentuais quando fizer projeção. Isso fará toda a diferença na sua conta e na relação de tempo para sua contemplação.

2 – Quantos % da parcela vai para fundo comum, taxa de administração e fundo de reserva?

Essa daqui é fundamental e praticamente NINGUÉM sabe da importância de olhar para isso. Vamos lá, o que é relevante aqui: Quanto MAIOR a proporção da parcela for para o FUNDO COMUM, melhor!

Explico: A taxa de administração é a remuneração da administradora pelo serviço de intermediação e isso é coerente, precisa ter pois sem a administradora, nada é possível. Entretanto existem algumas administradoras (algumas grandes e conhecidas inclusive) que pegam praticamente 90% do valor da parcela para taxa de administração, fazendo com que a contribuição do fundo comum seja muito pequena, que por sua vez resulta em poucas contemplações no grupo e vira uma bola de neve.

Ou seja, você paga a parcela acreditando estar fazendo um investimento, mas no final, está apenas remunerando uma operação em uma administradora que nem te beneficiou ainda.

É normal que no começo (o primeiro ano geralmente) a administradora faça uma proporção maior na taxa administrativa, algo em torno de 50-60% é saudável para esse caso. Mais do que essa proporção, volte para a primeira dica e veja se existe coerência entre os 2 fatores. Havendo pouca contemplação e muita taxa administrativa, a conta não vai fechar para uma contemplação de curto prazo.

3 – Verifique o índice de reclamações do BACEN

Essa é bem tranquila e muito fácil de ser feita. Basta entrar nesse link do bacen e olhar o ranking que é consolidado semestralmente. Aqui você verá 3 números importantes:

  • O índice de reclamações (número mais importante)
  • Reclamações reguladas procedentes (reclamações que o BACEN auditou procedente)
  • Número de consorciados ativos (auto-explicativo)

O número mais importante é avaliar o índice de reclamações pois aqui é feito uma meritocracia sobre as reclamações.

Pense bem, seria injusto se acompanhasse apenas a quantidade de reclamações. Pois assim, grandes administradoras sempre seriam as principais do ranking pois o número de consorciados ativos dela geralmente seriam muito maiores.

Ou seja, uma pequena administradora que tenha 1.000 consorciados ativos e 100 reclamações possuí um índice muito maior que uma grande administradora que tenha 1.000.000 de consorciados e 20.000 reclamações. Proporcionalmente, a pequena teria 10% de reclamatórias enquanto a grande teria 2%, conforme o exemplo, apesar do número absoluto de reclamações serem maior, o número de pessoas satisfeitas seria maior também (90% no primeiro caso contra 98% do segundo caso).

Mas então como saber se estou fazendo uma boa aquisição?

Antes de tudo, pense no seu propósito da aquisição do consórcio e pense se o que o consultor está te oferecendo faz sentido para você. O primeiro passo é sempre buscar o máximo de informações possíveis sobre a administradora em questão, o grupo que está sendo oferecido, saber se é grupo em andamento ou formação e tomar decisões baseadas em argumentos reais e comprovações destes argumentos.

Documente tudo que está sendo oferecido, pois numa eventual fraude, são essas documentações que servirão para sua defesa junto a administradora no futuro, caso precise.

Para que você não caia em golpes, faça a aquisição de seu consórcio de maneira consciente e não acredite em falsas promessas. As promessas falsas mais comuns são de consultores que te vendem milagres, promessas de contemplações em curto prazo no sorteio ou no lance fixo, pedem ágio para a aquisição do consórcio (lembrando que qualquer pagamento na adesão deve ser realizado diretamente para a administradora, ISSO DEVE SER INEGOCIÁVEL).

De preferência para fechamentos presenciais ou com pessoas que foram indicadas por conhecidos. Faça a busca da empresa que está te oferecendo o consórcio e veja se ela é coerente com o que está oferecendo. Enfim, busque o máximo de informações que possa te auxiliar na tomada de decisão e NUNCA pague qualquer valor diretamente para o consultor.

Acho o consórcio muito arriscado então, devo desistir?

A resposta é: NÃO DESISTA! Busque por profissionais qualificados e que estejam dispostos a fazer um trabalho sério, com elementos que vão atender a sua expectativa e sua necessidade. Lembre-se que o consórcio é regulamentado pelo BACEN e que a administradora que irá regir seu consórcio, deve estar devidamente cadastrada e autorizada a operar.

Este artigo já ficou longo e para não ser cansativo, em outro artigo colocarei os pontos positivos e algumas argumentações do porque você deve fazer um consórcio e como você pode aplicar algumas das estratégias para que este serviço venha a ser uma ferramente interessante para sua aquisição ou seu investimento.

Tenho um consórcio ativo e não sei o que fazer, a SD consegue me ajudar?

Sim, conseguimos te ajudar. Conte com a assessoria da SD para buscarmos uma solução de contemplar sua cota o mais breve possível.

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CEO da SD Consultores, profissional especializado em tecnologia da informação, com sólidos conhecimentos em operações administrativas e financeiras de empresas. Seu diferencial está em aliar conhecimentos técnicos a uma visão prática de gestão, transformando processos empresariais para torná-los mais ágeis e eficientes. Com uma abordagem estratégica, Sérgio ajuda empreendedores, diretores e executivos a simplificar a administração de seus negócios, garantindo um fluxo de trabalho otimizado que permite uma gestão mais ágil e eficaz com menos esforço.

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